quinta-feira, 15 de abril de 2010

Angola, Terra Prometida

Uma pessoa que assina MARIANJARDIM, mantem um blog que fala da Angola em particular, e da África no geral.
Os textos são  ilustrativos e fáceis de se ler, o conteúdo é que é difícil de engolir.
Das vozes que se levantam contra um estado de coisas, a dessa pessoa me parece bem clara.
Conheçam um pouco mais do assunto, um pouco mais de um país, um pouco mais de um continente.

         http://povosmartires.blogspot.com/2009/01/petrleo-gera-pobreza-no-paradoxo.html

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Não Se Assuste Pessoa, Se Eu Lhe Disser Que A Vida É Boa!

Saber não ter ilusões é absolutamente necessário
para se poder ter sonhos.
                                                                     Fernando Pessoa


(Caramba, me esqueci de onde peguei esta frase do F. Pessoa)

domingo, 11 de abril de 2010

Um Cômodo Vazio - (Mulheres!!)


"Vocês ganharam seu próprio espaço na casa até agora possuída exclusivamente por homens. [.] mas esta liberdade é apenas um começo; o cômodo é de vocês, mas ainda está vazio. Ele tem que ser mobiliado; tem que ser decorado; tem que ser repartido. Pela primeira vez vocês são capazes de decidir por si mesmas quais poderiam ser as respostas. Eu poderia ficar e discutir essas questões e respostas de bom grado – mas não esta noite. Meu tempo acabou e devo terminar.”

Era 1931 e Virginia Woolf dirigiu-se com essas palavras para um público de mulheres trabalhadoras. Ela ainda se empenhou por mais dez anos na busca da voz feminina na ficção antes de resolver de fato terminar. Não gosto de pensar que ela desistiu, prefiro acreditar que a literatura lhe prolongou uma vida de muito sofrimento psíquico.

Temos trabalhado nesse desafio que ela nos deixou. Para nós nada é certeza, mais que novos papéis, a liberdade conquistada nos legou a dúvida. Cabem filhos em nosso cômodo? Queremos um amor ou sucessivas paixões? O que mexe com nossa libido? Trabalharemos para viver ou viveremos para trabalhar?

Virginia conviveu com a primeira geração de mulheres numericamente significativas que tinham questões a colocar, mas elas não tinham precedentes. As mães delas sabiam o que seriam: esposa, mãe, solteirona, freira. Já elas precisavam fundar um destino e amadrinharam as gerações seguintes que tentavam preencher esse novo lugar.

A busca da voz é tema recorrente para todos aqueles que escrevem: como preencher um papel, uma tela em branco, que parecem zombar do pobre escritor? Ao referir-se ao vazio do recém-adquirido cômodo, Virginia inseriu a própria condição feminina nesse impasse criativo. Porém, hoje esse problema autoral coloca-se para ambos os sexos, já que a identidade masculina tornou-se inquieta.

Sexos frágeis
Outra matriarca, cuja obra sexagenária, O Segundo Sexo, foi finalmente reeditada em nosso país, tem uma explicação para isso: Simone de Beauvoir acreditava que a mulher fazia-se “Outro” para que o homem pudesse ser “Um”, fazia-se de fundo para que ele pudesse ser a figura. Eram papéis complementares, de tal modo que quando se rompe um lado desse enlace soltam-se os dois.

Não há por que pensar que as mudanças de comportamento provêm somente das mulheres, e que os homens apenas as teriam tolerado. Foi para ambos que o elo dos lugares fixos se dissolveu: houve homens que se apaixonaram por mulheres livres, elas por sua vez abriram mão do abrigo do patriarca. Assim foi o amor de Simone e Sartre, o de William Godwin pela feminista Mary Woolstonecraft, o de Virginia e Leonard. Homens e mulheres saíram do piloto automático, sentem-se frágeis, mas não cessam na busca do tom, de uma voz autêntica, e compartilham uma dúvida interior: o que me torna uma mulher, o que me faz um homem?

Por isso esperamos tanto do amor e do desejo, que parecem confirmar alguma coisa, qualquer coisa. Virginia, Simone e outras tantas nos deixaram essas ideias, com elas pelo menos não ficamos tão órfãs.
                                                                                    (Diana Corso)

Um texto, muito bem vindo nos dias de hoje e, porque não, por muitos dias do amanhã.
Foi postado por Amèlie, no blog Lost In Traslation (porque a palavra é valorosamente conotativa)

Iracema, A Voz Da Terra


Iracema Forte Caingang, é o nome dessa artista plástica, dona do blog Mil Contos Indígenas, que nos fala diretamente à alma, à cidadania, ao nosso coração brasileiro. É do Acre, um Estado que merece nestes dias mais acurada atenção, pela riqueza humana de alguns de seus filhos.
Ouçamos o que têm a dizer, é a Natureza falando.