quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Conversa Natalina Que Serve Pra Vida Toda

Estava eu agora a conversar com uma amiga facebuquiana que é fotógrafa, que está meio desacorçoada com pessoas que não são muito legais com as quais teve contato, e que tem 30 anos. Parei, me coloquei na situação, e lhe mandei as seguintes palavras: Para uma pessoa mais velha, como eu, é mais fácil evitar que outras nos prejudiquem. Mas não se engane, essa 'sapiência' não vem somente por causa da idade, ela vem a partir do momento em que tomamos consciência do quanto valemos, do quanto temos para oferecer às pessoas que comungam conosco e com o bem estar geral. A agitação, a energia que flui intensa, as emoções à flor da pele que corre e é externada pelas pessoas mais novas; o sentido do tempo, que é mais curto e exige soluções rápidas, tudo isso faz com que a vida se torne um carrossel, uma montanha russa... Tudo é meio que superlativo, difícil de equalizar. Talvez eu tenha exagerado um pouco, afinal você não é uma adolescente, mas no geral, é isso o que acontece. Isso colocado, o que tenho a dizer é que o grande segredo, e talvez isso tenha sido falado à exaustão, é mergulharmos *dentro* de nós mesmos, - pelo menos temos que dar uma olhadinha diária, e várias vezes, - dentro de nós para vermos o que realmente estamos pensando. Para onde esses pensamentos estão nos levando..., e, exatamente, o que é que estamos pensando e sentindo. É um exercício muito bem vindo e profícuo! Temos que entender também que o perdão (não no sentido religioso da coisa), permite que nos limpemos da sujeirada que porventura possam ter jogado dentro da gente. Juntando tudo isso mais a boa vontade que deve haver entre os homens e mulheres de boa vontade, tenho a certeza que não só suportaremos, mas curtiremos a próxima maré e todas as que, inúmeras se Deus quiser, vierem. É isso, minha florzinha do campo. Aproveito a ocasião e mando um abração beeeem carinhoso para quem por acaso aparecer por aqui. Afinal, amanhã é dia 25... Beijos.

sábado, 13 de setembro de 2014

Mensagem

"Saudamos todos os que respeitam o nosso livre-arbítrio. Se você optar por ajuda, então ajude-nos a ajudar-nos. Não é bom aqui também. Procuramos uma resposta, assim como outras civilizações procuraram." 

Civilizações ajudam umas às outras? Eu acho que sim. Você acredita que somos o único planeta habitável no cosmo? Eu acho que não.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Olhando Minha Cidade


Duas fotos, dois olhares lançados sobre partes da cidade em que vivo. Se não gostasse dela, não a fotografaria. Eu diria que faltam pessoas, mas é que não tenho ninguém aqui para chamar de minha...

Uma linha férrea tangencia Vinhedo; 
na falta de mar, temos um trem...


Ontem a tarde o Sol dourava uma rua
que as árvores sombreavam.

domingo, 11 de maio de 2014

Opinião Sobre Política E Governantes

É interessante isso que você afirmou, Marilu..., pois você viu uma verdade: defini minha posição de acordo comigo. Compreendo uma situação tendo unicamente como base, o que sinto. Eu sou a minha medida.
Vejamos por este prisma:
1 - Sempre votei no FHC. Tooodas as vezes! Sempre achei que ele era o cara, e o partido dele também. Daí ele começou a corromper políticos para se reeleger. Ferrou..., senti uma decepção tremenda. Hoje, com mais informações sobre as roubalheiras dos santos ocos do PSDB, afasto de mim este cálice. Bancos foram vendidos para pagar dívidas públicas paulistas. Faço questão de, hoje, externar minha insatisfação e ojeriza por este partido e seus correligionários.
2) Eu votei no Lula quando da primeira eleição em que ele se candidatou. Não canso de repetir que minha fé foi totalmente depositada nele. O considerava uma reserva moral. Vai daí que, acompanhado sua trajetória de sindicalista classe média (baixa?), vejo que Lula foi fazendo seu pezinho de meia. Deu uma boa alavancada no filho, que fechou negócios da china! Ôpa! Comecei a prestar atenção... Morte de dois prefeitos; dinheiro em cuecas, loteamento de cargos; PMDB colado no PT, mamando adoidado, exigindo regalias, e o Lula abrindo as pernas. Começaram a puxar o fio da meada dos pagamentos a políticos (repetindo o FHC, no que este fez de pior), e o presidente petista negando que não sabia de nada (um Collor da vida?).
E o PT, sedento, agarrado ao poder, espalha benesses; aparelha repartições públicas. A cúpula do PT presa; e o Lula? Quieto. Sistema financeiro começando a bichar, estamos comprando papéis podres e pagando com dinheiro de Fundos como a Previdência, entre outros. A grana do PIB sendo aplicada de maneira irresponsável, pouca coisa sendo direcionada ao bem estar social. Aí a Dilma faz o que Lula mandou: abraça a vinda da Copa. .....
Poderia falar mais, tanto do FHC/PSDB quanto de Lula/PT. Mas, pra quê, né?
tento , procuro, exercito  dom da compreensão que Deus me deu, para tudo! Na minha vida particular também. Não desejo e afasto amarras que impeçam de externar minha individualidade. Por isso, creio, essa impressão de que uma hora estou com um, outra hora com outro. A verdade Marilu, é que não estou com nenhum, mas entendo que todos fizeram o que fizeram o que tinham que fazer. Um pensamento zen... Não os julgo as pessoas em si, mas tenho minhas preferências/opiniões quanto a uma situação criada por qualquer pessoa; eu me incluo nessas minhas apreciações.
Sou 'contra' a imprensa e muitas pessoas descerem o porrete neste ou naquele partido, mas entendo que têm o direito de se exprimir. Seria melhor que ponderassem, deixando os xingamentos de lado. Se falo que a dilma é humana, é porque ela é; e eu vejo isso. Mas ela também é..., estranha: fala cada coisa de arrepiar; não concatena suas ideias, fala errado e de maneira incompreensível. Ora, ela é a presidente (porque insistir em usar a palavra 'presidenta', meu Deus!!!!), de um imenso país! Riquíssimo! E a nossa moral? Lá embaixo, Somos um povo dividido. Devemos isso aos nossos governantes (antigos e atuais), que não souberam usar nossas potencialidades. Os culpados, na verdade, somos nós mesmos. Isso para mim é claro.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Lauro: Um Professor; E Amigo De Infância.


Postei este coment no blog O Diario do Matuto, do Felipe Nóbrega, que escreveu sobre um professor que teve na Universidade Federal do Rio Grande  (FURG).
O post foi muito carinhoso (está marcado no link acima), 
e meu comentário não poderia deixar isso por menos, 
respondi à altura:

"Sei lá se virá alguém ler alguma coisa aqui depois de tanto tempo que foi escrito este texto.
Mas julgo necessário, se não por vocês, por mim, acrescentar algumas reminiscências para que compreendam que, engraçado, desde pequenos já apresentamos algumas características que nos acompanharão para o resto da vida.
No caso do lauro, foi uma surpresa para mim ele ter chegado aonde chegou, e de uma forma que parece um livro de aventuras. Ele nunca me pareceu ser um cara afeito à aventuras; bem…, nem eu. E acabei indo de carona para a parte norte da Patagônia.
Mas vamos à histórinha…
Conheci o Lauro num colégio interno de Campinas, São Paulo; o Liceu Nossa Senhora Auxiliadora, dos salesianos. Existiam ali grandes salas de estudo para onde íamos três vezes ao dia. O Lauro, desde aquela época era fanático por História; ele estava com 12 anos por aí, hum ano a mais hum ano a menos.
No decorrer do ano ele ía comprando aquelas borrachinhas brancas de apagar, juntou um monte, que guardava em suas gavetas e que de tempos em tempos eram limpadas pelos padres.
O que ele fazia com as borrachinhas? Ele as pintava com canetas bics com as cores vermelha, azul, e preta. Pintava brasões…, uma a uma. Depois de pintar os brasões que iriam diferenciar cada grupo, ele espetava alfinetes de cabeça por trás das borrachinhas pintadas, e pregava uma tachinha em cada uma.
Os brasões diferenciavam os exércitos, o alfinete eram as espadas, e as tachinhas eram os escudos…
Mas, os exércitos não eram o principal dentro deste universo montado por ele, apenas faziam parte de algo maior, faziam parte da História do Mundo, de um mundo criado por ele!
Essa História era contata, escrita, em cadernos, com mapas e tudo!
Ele desenhava continentes, estabelecia governos, formava exércitos, e a partir daí, viajava…
Muitas vezes ele me alugava para contar que um rei tinha atacado outro, que um país estava sendo atacado por outro. Eu não tinha muita paciência, mas o ouvia pelo prazer de ouvi-lo, era de uma animação contagiante.
Um dia, sete horas da noite, o padre lá na frente ditando nossas notas mensais, e o Lauro foi chamado. e nada do Lauro responder. O padre desceu de sua mesa e foi até a do Lauro para saber que porra tava acontecendo; ele tava lá, debruçado em cima do caderno escrevendo alguma coisa totalmente alheio ao importante evento mensal. O padre lhe deu uma chamada de saco e abriu suas gavetas, era borracha que não acaba mais. Elas foram confiscadas mas ele não se abalou, no dia seguinte já estava comprometido em repor seus exércitos.
Os cadernos eram meio amassados, pois ele os levava para o pátio onde os mostrava para quem se interessasse. Os escritos eram minuciosos, os mapas, verossímeis.
Ele era filho de um médico, claro, baixo, e meio gordinho; calmo, não falava alto, e não era falante. Sua mãe era um amor de pessoa, tinha uma voz rascante, que o Lauro puxou. Em começo de ano letivo era ela que nos levava, eu meu irmão e o Lauro, para o Liceu lá em Capinas.
Me lembro bem da risada dele…: áspera, sincopada, como que tirando sarro da situação.
Fico feliz que ele teve uma vida assim tão animada!
E que tivesse tido a honra e o prazer de ter alunos como você, Felipe; e como os que aqui vieram e comentaram. Sem duvida ele teve esse prazer; o que justificou plenamente a atividade a qual ele entregou sua vida.
Por aqui fico, abraçando a todos vocês."
(Em tempo, ele sempre foi fortinho, patoludo. Mas acabou um homem mais franzino, com 'corpinho de toureiro', como se definia. Na verdade, sua saúde andou capengando por um longo período; tanto que se apresentou da seguinte forma para uma nova turma:
- Oi gente, eu sou o Lauro, aquele que voltou dos mortos.
Rsrs!! Grande Lauro!)