sexta-feira, 28 de maio de 2010

Caminhos

Na busca por mim, descubro a verdade. Na busca pela verdade, descubro o amor. Na busca pelo amor, descubro Deus. E, com  Deus,  encontramos (Eu e Ele), tudo.



(http://www.pravsworld.com/)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Mente Mente

   Existem hoje vários textos que provam este enunciado: de que a mente cria uma realidade: confortável e burra.
   Tirarei de três autores as idéias que aqui serão mencionadas. Óbviamente concordo plenamente com elas.
   Primeiro mostrarei a vcs o que Rosana Herman deduziu a respeito da visão caolha com que a mente insiste em usar para compreender o que, às vezes, só o sentimento enxerga.
   Depois (mas não hoje), postarei idéias também afiadas, mas bem mais profundas, enunciadas com sabedoria pelo pensador (digamos assim), Krishnamurti.
   Por fim, passarei (mas não hoje), a quem possa interessar, os conceitos de Deus sobre o assunto; claro, e porque não? Ou você pensa que Deus é um mudo, a pairar sobre vossas cabeças?

   "Não se chega à Deus pela mente", dizem grandes Mestres.

   Passemos, pois, primeiramente, às considerações de Rosana Herman. Mais para frente tomaremos conhecimentos de outras opniões, tão importantes ou muito mais que  essas que lhes ofereço.

     "O pensamento pode voar, mas a mente gosta mesmo é de uma prisão. A mente gosta de prender-se voluntariamente a tudo o que não muda, ao que permanece, ao que se repete e ao que é sempre igual.
     Por isso, a mente adora lembranças e memórias. Porque o passado já passou e não pode ser mais mudado.
     O passado é permanente. A mente acha isso o máximo.
    É como administrar uma empresa onde nada pode dar errado. O medo da mente é justamente este, administrar imprevistos.

     Outra coisa que a mente ama de paixão é o padrão, porque como o nome já diz, o padrão não muda. Um metro, uma hora, o mesmo caminho para o trabalho, voltar ao mesmo restaurante e sentar à mesma mesa, são padrões que toda mente humana gosta de repetir.

     Ah, que prazer que a mente sente quando a bunda senta na mesma cadeira que sentou na aula anterior! A repetição dá segurança, porque cria a falsa ilusão de que nada vai mudar.
     E se nada mudar, nada de ruim poderá acontecer. Tudo será igual, com o mesmo final feliz, como antes.
     Crianças adoram ver filmes mil vezes porque se sentem seguras, porque podem antecipar as próximas cenas (se na vida fosse assim...), e porque têm certeza de como a história terminará.

    Já as mentes adultas, especialmente as obsessivas em qualquer grau, adoram a matemática. A matemática é a única ciência exata e imutável.
    Enquanto a física e química, a biologia, por exemplo, estão sujeitas a variáveis da vida real, a matemática continua igual.

    Daí o fato de que toda mente obsessiva gosta de contar, manipular números.
    As contas são sempre exatas, não mudam.

    E se você contar todos os passos e chegar direitinho à padaria com seus mil passos, então, podemos concluir que sua mãe não vai morrer e nada vai dar errado no seu dia.
    Certo? Errado.
    Errado porque a mente vive num mundo irreal.

    Mundo da mente é como caspa, só existe na sua cabeça.
    Tudo é mera ilusão. E, com perdão do excesso de realidade fisiológica, o mundo está cagando e andando pras suas ilusões mentais.
    Como o mundo já provou, uma batida de asas de borboleta na África pode influenciar mais a ocorrência de um tsunami na Ásia do que sua contagem de azulejos no banheiro.
    Porque a borboleta é real e seu pensamento, não.

    O problema é que a mente não quer nem saber disso e provavelmente
muitos já terão abandonado este texto nas primeiras linhas.

     Espertos, porque sabem que vou contar um segredo sobre eles: a mente fabrica alças.
     Sim, alças, onde ela, a mente, possa se apegar.
    Uma alça, como aquele putaquiupariu do carro, onde a gente segura a vida quando o motorista não é de confiança. Como o santoantonio dos jipes.
    A alça pode ser um nome, um amuleto, uma mania, uma repetição qualquer.
    A mente é chata, mas criativa, e assim, inventou a alça-sem-mala. Nesta alça ela se apega até a morte.


    É uma crença, um dogma, uma frase feita, um chavão, um lugar-comum:
"Angélica ficou mais bonita depois que teve filho"; "Vaso ruim não quebra"; "Jesus voltará"...
    Qualquer alça é boa pra mente: "A cadeia é a universidade do crime", "Direituzumanu só tem bandidu"...

    Se a mente se acha fraca, ela inventa uma alça para se sentir forte, tipo: "Sou feia, mas tô na moda".
    A mente inventa que se a pessoa perder dez quilos vai ser feliz e tudo vai dar certo na vida. Troca nomenclaturas, pra se sentir por cima.
    Porque uma coisa é dizer que você tem TOC e outra coisa é assumir que você é um obsessivo chato, que ninguém agüenta conviver a seu lado e por isso você precisa de tratamento sério com remédio e tudo mais.

    A mente inventa alças pra não cair em si.
    Mas cair em si é a única forma de tomar consciência - primeiro passo para melhorar.
    Portanto, remova todas as alças. Caia. Caia em si.
    Tá gordo? Tá gordo, então, vamos emagrecer.
    Tá infeliz? Sai dessa, viva a vida, aproveite.
    Tá duro? 'Bora ganhar dinheiro'. 

    Só não fique aí, com essa cara de passageiro de circular da eternidade, vendo a vida passar na fresta da janelinha de um puta ônibus cheio, segurando firme na alça do medo, pois você tem que dar o sinal e descer para a liberdade do imprevisível."