sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Moqueca De Peixe

Não quis resistir em postar para vcs, do blog das moças prendadas Natália , Ana Paula e Maria Margarida, uma receita apreciada por imenso contingente de pessoas. 
Repetir-se dessa (saborosa) forma é bem vindo, e desculpável.
Não haverá desculpas por não 'perpetrar' (como diz de maneira 'estilosa' o Lancelloti) o caliente acepipe.


Minha irmã vai sair na Escola Pérola Negra... Que coisa!
Eu, trabalharei em meu lar. E, grudarei a bunda nesta cadeira até as 4 da matina...! :)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Mulinha.

Um doutor sai de sua cidade natal pra fazer um trabalho em um acampamento de mineiros.
Quando ele chega lá percebe que, sexualmente, tinha entrado numa fria. 
Seis meses se passaram, e o médico muito afim de fazer sexo; só que: sem chance! Então ele pergunta para um de seus clientes:
- Como vcs fazem pra dar uma transadinha básica??
O cliente responde:
- Ah doutor tem uma mulinha lá atrás da moita, se o sinhô quisé eu mostro onde é!
- Não, obrigado! Diz o doutor.
Mais seis meses se passam, e o médico: subindo pelas paredes. Aí  ele lembrou da mulinha e pensou:   
- 'Ninguém vai ficar sabendo mesmo'...
Chegando lá, uma fila de uns trinta homens... Quando viram o doutor falaram, solícitos:
- Vamos deixar o doutor passar, por cortesia!
O doutor chegou na mulinha já desabotoando as calças, e traçou a infiliz... Na frente do povo!
No meio do rala e rola, o conhecido dele chegou e disse:
- Doutor, num carece disso..., a mulinha é só pra atravessá o rio,  a zona tá do outro lado...!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A Kate

     A Kate é uma companheira. Não só minha, mas de todos os homens que amou.
     Me acompanhou em muitas coisas.
     Me salvou de algumas poucas, mas boas!! (Um 'bandido' pé de breque, mas perigoso, desistiu de dar uns tiros 'ni mim' depois de levar uma enquadrada).
     O pai dela era jardineiro, fazia barcos; alcoólatra no fim. Era dela que ele gostava mais, das cinco filhas que teve (gostava da Nina, também). Ele tinha os olhos azuis, como algumas flores e/ou penas de passarinhos. Era magro, e baixo. Moraram em casa de chão batido, numa época em que o bairro de Veleiros era 'quase' uma zona rural (anos 60).
     A mãe dela é bugre. Epiléptica. Toma um medicamento forte o suficiente para detonar qualquer santa. Mas ela é forte, embora carregue sequelas!
      Kate ganhou troféus em torneios de forrós, lambadas, essas merdas... (no bom sentido, é claro!). A mina dança pra carai!
      Ela é muito simpática. Tem um zóião claro que muda de cor: do azul pro cinza.
      Cuidou de uma amiga doente, até sua morte. O médico, responsável pela paciente, se impressionou com os cuidados prestados. Foi ela quem comunicou ao Dr. que a amiga não iria mais tomar os medicamentos que a 'mantinham' viva. O médico, respeitosamente, acatou a vontade das duas.
     Quando veio morar comigo (eu tinha 40, ela 27); acocorou-se num canto do quintal e ficou ali, chorando... Como muitas vezes depois (de diferentes maneiras), fiquei meio sem chão. Neste caso achei que: pra ela, a liberdade 'dela', tinha valor.
     Tinha mó tesão por ela; rolou uma paixão quando nos conhecemos! Ainda ontem tava me dando mais uma aula de como conquistar uma mulher:
- Você tem que olhar para a pessoa nos olhos, mandar pra ela uma mensagem tipo 'real': é você que eu  quero...! A pessoa 'tem' que perceber quem você é, e a que está disposto! Ela tem que te perceber! Quando entro num lugar, olho pra uma pessoa e decido: é aquele!, já era! A gente tem que pensar: sou a melhor!
Vixe!!
Sorrindo, ouvi os conselhos (ela quer que eu me desenrosque...).
Quando a conheci, pensei que 'trabalhava' na Avenida Kennedy....: saia (bem) curta de courino preto imitando jacaré, botinha preta, cabelos amarelados de H2O2. Tava sem um dente da frente (soube depois que um cara , que queria 'agarrar ela' no salão e foi sumáriamente dispensado na frente do povo,  derrubou-a depois na avenida de sua Honda 450. Quase que, na matina, ela foi pro brejo, na Av. Sto. Amaro.
     Kate é aquariana. Se todas forem parecidas..., que Deus nos ajude (rsrs).
     Sempre senti carinho por ela. Não a apresentava como esposa (tentamos, mas nunca deu certo), mas como Companheira. Ela detestava, achava que eu tava menosprezando-a. Nunca consegui convencê-la do contrário.
     Kate é faxineira de profissão. Mas já trabalhou como secretária de advogado, na produção (indústria), e foi dona de bar.
     Depois que nos separamos amou duas pessoas, dançou feio com os dois: escolhas erradas.
     É respeitada num certo meio, por pessoas que são (muito), respeitadas nesses meios. Não, não estou falando de bandidos, mas, de malandros. Samba razoávelmente bem, já foi convidada pra dançar em Escola. E foi. Este ano sairá na Ala das Crianças lá do Jd. Primavera, quebrada que já foi brava, e ainda é (mas de outra forma, mais amena: a malandragem também envelhece, e fica (mais) sábia).
     Nunca nos amamos.
     Me chifrou pra caraio. Ela disse que foi porque nunca a amei. Ela acredita no que diz, eu não.
     Nossa filha me manteve por perto (dela).
     Me quebrou um vaso na cabeça, a disgramada. Não pensei que o vaso vinha..., e veio. 
Perguntaram se queria dar queixa, lá no pronto socorro. Pensei: pra quê? Eu era bonzinho...
     Ela tinha um sexto sentido pra gente pilantra. Me ferrei por nunca tê-la escutado.
     Graças à ela, entrei no mapa dos que fazem sexo loucamente. Me enjoei um pouco disso, mas ela não. Hoje tá mais calma. E eu, melhor amante (também né, me trabalhei, estudei com prazer).
     Sempre nos respeitamos, mesmo quando nos odiávamos.
     Houve respeito em nosso primeiro encontro. Dias depois, ela voltou e cuidou de uma grave intoxicação que tive, que durou uma noite de sofrimento (que dizer, 'cuidou' é força de expressão: me entregou uns matinhos do quintal dela, e se mandou pro forró). Dias depois ela voltou de novo..., e me traçou.
     Tivemos uns tempos escuros..., muito escuros; eu e ela. Eu. E ela. Voltamos à tona, graças a Deus (talvez por nunca tê-Lo ofendido gravemente)!
     Cuidou muito bem da filha: vestia, penteava (fazia uns coqueirinhos), levantava às 5 pra por a menininha na kombi da creche. Quando chegou minha vez de cuidar, cuidei. Cuidei e conversei (muito) com a Camila. Nossos papos começaram aos 8 anos (dela). Foi minha primeira amiga (comecei com o pé direito!).
     Hoje, Kate mora comigo (provisóriamente enquanto procura uma casa para morar). Continuo não a amando, nem ela a mim. Mas, aprendi a ouví-la; e a ser-lhe grato por ser quem ela é. A respeitar uma pessoa que nem era do meu mundo mas que, junto com a vida, me tornou humano o suficiente para conhecer, entender, e respeitar o mundo dela.
     No fundo, estou sòzinho. Ela também; embora namore um engenheiro que adora uma mesa de bar com cerveja que, aliás, hoje, acabou de levar um pé na bunda por não entender com quem  está.
     Pra ela, nós 'famos'..., o sifão se transforma em 'cifrão'. Não quer estudar, é coisa de burguês.
     Ahhh, detesta o nome dela! Aí, inventou esse: Kate (que se lê como ela escreve: Keite).
     Nunca, em minha vida, falei tanto de uma pessoa. Sem dúvida, é uma espécie de amor..., ou qualquer coisa meio parecida, não é? Eu diria, sem medo de errar, que é consideração (palavra que valorizo demais).
     Se perguntar pra minha filha se valeu a pena eu ter passado por tudo isso (e mais um tanto), talvez ela me responda:
     - Sei lá, pai. Pra mim foi legal voces dois terem se encontrado! Sem esse encontro, eu não estaria aqui, né...?!  (Rs!)