sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Um Dia Interessante

      Noto-me em certa bipolaridade.
      Ontem, na madruga, me peguei meio encimiesmado; pensando em coisas que a muito não pensava, mas que são reais, e antigas. Engraçado como sentimentos afloram sem mais, pegando a gente quando achamos que tá tudo uma maravilha. Aí vc vê que, realmente, não é aquelas coisas... Mas, tudo bem né? Faz parte! Fazemos o que devemos,  pensamos  no causo, escovamos os dentes, fazemos xixi, e cama (no meu caso quando rolou essa fita era bem tarde)!
      A muito tempo que tenho, já deitado, pensado em Deus. Quase que literalmente me entrego em Suas mãos, elevo meus pensamentos, e vou..., vou..., deixo minha aura expandir-se..., vem umas baboseiras intrometer-se..., deixo-as ir (ou as espanto), e... durmo. Um soninho até legal! Levanto-me no dia seguinte sem gemer. Meio 'pesadinho', com os zóio meio grudando pois estou me acuestando lá pelas 3, 4 da matina.
      Fazendo o quê? Bundando às vezes...

      Tenho percebido nos mais transparentes, nos que comentam estados próprios de espírito, que existe realmente uma oscilação de humor. Não tinha me dado conta que era uma coisa mais profunda, e comum, do que imaginava. No decorrer de dias, semanas, mudamos nossa maneira de encarar o mundo, e de nos encarar. Por um lado pode nos dar uma sensação de desconforto; no dia seguinte achamos outro prisma pelo qual olhar: o que nos alivia em parte. Em parte porque o momento em que estávamos sob certas emoções, persiste. E persiste por a vida requerer de nós uma maior atenção ao 'problema', à situação pessoal que nos fez passar por esses momentos, que nos fez sentir algo específico e recorrente em certos momentos determinados.
      Vou ficar matutando meio que inconscientemente durante um tempo sobre o que me incomoda, ou melhor, porque certas coisas me causam desconforto. É a única maneira de me colocar bem perante eu mesmo.
      Sem esquecer que: vamos em frente, que atrás vem gente.


PS.: Amanhã eu conto por que meu dia hoje foi legal. Só pra adiantar: conheci um chacareiro que fala de economia muito bem, e chama o Lula de dejeto...! Fui num benzedor que benze desde os nove anos. Me benzeu! Tô me sentido até legal! Meio leve!
Inté manhana!

19 comentários:

  1. Sim, excelente reflexão!
    Mas até as nossas próprias conclusões sofrem mudanças radicais. E tem a ver com o que você falou no início: Depende do nosso "estado" a maneira como visualizamos certas circunstâncias.

    Inteligente.

    Abraço.

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  2. Oi,
    o que você comentou é, de fato, bem interessante.
    é curioso, incomodo e gostoso perceber a inconstancia que é ser humano.
    é oscilar de lá pra cá tantas vezes que por fim já confundimos o lá e cá e os chamamos de nós.
    não somos em momento algum absolutos e isso é legal, né?
    quero te agradecer a visita e dizer que meu cantinho é pequeno e simples mas é quentinho e acolhedor :) te espero mais vezes.
    curti teu canto tbm; é sempre bom pensar no que pensamos tanto que por vezes esquecemos. rs

    =*

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  3. Felipe
    Meio enrolada...
    Tá complicado me colocar com mais simplicidade...
    De qualquer forma tirei um bolo que tava na garganta do peito. 'Tirei' não, assuntei... :)

    Na REAL, somos o que somos neste exato momento. Complicado entender, aceitar, compreender, viver isso.
    Só tem um jeito de 'entender': viver o agora, Ser.
    É o que tentamos, aos trancos e barrandos...! (sorrindo)

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  4. Cê viu Lu?
    Somos como a luz: onda e partícula.
    "...o lá e cá, e os chamamos de nós." Hummmm.....! Interessante a idéia! Vejamos, podemos partir de uma outra idéia:
    no momento em que Somos, estaremos sendo o Lá, e o Cá. Neste caso, o Ser humano é o canal.

    Deus falou (eu ouvi. Fazer o que né. Ainda bem que ouvi): não existe o 'Fazendo Humano', mas sim, o Ser Humano.
    Conclusão: ser é a resposta, uma verdade insofismável.

    Um prazer conhecê-la, viu?
    Sua poesia um prazer de se ler.

    Bjs minha querida.

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  5. Todos somos oscilantes, variando e pulando de emoção a emoção, isso é da nossa humanidade. Também tem dias que estou alegre, feliz, e depois, me fecho na concha e fico remoendo alguma coisa, e ali me encontro triste, como um cachorro acoado. Todos temos medidas generosas de Bipoloridade, somos isso, somos assim, amem-nos.

    Abraços,

    Charlie B.

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  6. Eu vivo em oscilação de humor! De manhã posso estar numa euforia total e à noite jogada no sofá, triste, pensando nas coisas que não tive... Isso já é tão eu, que não luto mais contra, simplesmente tento deixar que não prejudique meus dias e nem aborreça as pessoas, o que nem sempre é possível.. rs

    Beijocas

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  7. Charlie 'Be Good'
    Amemo-nos 'anósmesmos', né zifío?
    Abrçs!

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  8. Dama
    Pior é quando 'nos' aborrece.
    Mas, sou como o Marcelino 'Pão e Vinho': saio 'cantando e pulando' rápidamente! Rêrêrê!!!!

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  9. Olá meu bom amigo Sylvio,
    Vir aqui ler seus pensamentos é uma coisa que vai crescendo de interesse conforme vou conhecendo um pouco melhor a tua pessoa fantástica. E porquê fantástica, porque é simples e natural a fluidez do tua escrita e porque nos mostras os pensamentos como eles te ocorrem, ou seja, como acontece com todos os comuns mortais.
    É aí a tal parte em que gente se revê.
    Passando à frente, porque atrás vem gente como muito bem disseste, uma das minhas formas de tentar resolver as minhas dúvidas é penosa mas não tenho outra, simplesmente matutar, bater fundo e geralmente ir dar num beco sem saída, mas é nessa altura que me vem à ideia que, amanhã é outro dia e a forma como hoje penso na questão, amanhã já não será a mesma, com alguma sorte e cabeça fresca encontro meio de ultrapassar.
    Enfim não há formulas perfeitas.
    Venho também se não nos virmos entretanto por aqui, desejar-te um bom F.D.S. e entregar aquele kandandu amigo e sincero.

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  10. Kimbanda
    Escrevo, falo, me comporto, da maneira que penso. Mas, não sou que penso, se o fosse, estaria num beco sem saída como o disse.
    Não me considero uma pessoa fantástica, embora por outra ótica, seja. Hoje mesmo estava pensando em que: se soubesse uma luta..., me defenderia melhor numa briga.
    De fato: não há formulas milagrosas...
    Um bom final de semana para você também.

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  11. Edney Santana postou esta resposta no post anterior. Trouxe ela para cá
    O blog dele é muito legal, o nome é esse que tá aí em baixo, em françês:

    Non je ne regrette rien
    tem dias que somos assim, dois , três..pessoas, bi- ou tri-polar, mas há a escritar que pode colcoar as coisas na ordem, se é que ela, a ordem existe, mesmo

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  12. É...
    Tendo ou não ordem nas coisas (acredito que há, mesmo!), escrever dá uma sensção de.
    Abrçs Edney.

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  13. Te entendo Wall. Ontem foi ontem, hoje é hoje.
    Hoje, tava com disposição de colocar a frasezita que coloquei no post anterior.
    Bjs.

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  14. Pois é Sylvio, não é que esta coisa de ensimesmado pega??..rs..

    Eu sei como é isto que tentou descrever.. (porque a gente sempre tenta, mas as vezes é muito difícil entender o que nos atormenta)...

    Sei que passam os dias.. e a gente passa por eles... e eles passam e a gente fica se perguntando se foi bom, ser era para ser assim, se era só isto ou tudo isto...

    Questiona a Deus por coisas difíceis de entender... e que o mais tememos é que talvez nunca poderemos entender... coisas sagradas.. coisas de Deus..

    Afinal, alguém ai pode nos explicar realmente por qual razão passamos por aqui???

    =\

    Bjosssssssssssss

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  15. Sil
    Vou ler um trecho que estou retirando neste momento do livro Conversando Com Deus (Livro II), para que vc tenha uma idéia do que estamos fazendo aqui.
    Para mim, ter essa resposta, foi como minha alma se realizasse. Aquietei-me depois de saber.
    Este é o trecho:
    "Ignore sua experiência anterior e entre no momento. Esteja Aqui e Agora.
    Veja o que há para ser trabalhado agora, para se criar de outro modo.
    Lembre-se de que é isso que está fazendo aqui.
    Você veio a este mundo assim, neste momento, neste lugar, para saber Quem É - e criar Quem Deseja Ser.
    Este é o objetivo de toda a vida. A vida é um processo contínuo e eterno de recriação. Você fica recriando os eus à imagem de sua próxima idéia mais elevada de si mesma.


    É uma resposta. Uma boa resposta.
    Mas tem muito mais de onde veio esta. O livro já lhe disse o nome. O autor: Neale Donald Walsch

    Abrçs.

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  16. sylvio,

    vim me colocar em dia com suas coisas e deparei com o post "um dia interessante". achei uma grande coincidência, na verdade. eu estava escrevendo uma carta (sim, eu as escrevo ainda e adoro!) para minha amiga (a melhor de todas, ou melhor, a que mais me completa nas necessidades intelectuais e afetivas) justamente questionando a oscilação que sofremos mesmo estando felizes e cheios de projetos, sonhos, saúde. estava me lembrando do livro do dalai lama ("a arte da felicidade") onde ele defende que a felicidade é um estado que faz parte das características de cada pessoa, como as digitais ou a forma do nariz, nascemos ou não com aquela capacidade de nos colocarmos em estado de felicidade. eu concordo com ele, assim como concordo com os zen budistas que afirmam que o segredo da felicidade é se concentrar no presente, no momento que se está vivendo, sem carregar o passado para o agora nem projetar o futuro no hoje. perfeito. realmente é uma inutilidade pensar no que passou ou no que virá.

    mas,


    e era o que eu questionava na carta,


    tem um espaço que aparece de vez em quando, um oco, uma coisa aberta, uma frestinha,


    que nos coloca em estado de inquietude

    e mesmo quando se tem fé,
    quando se tem certezas,
    quando está tudo muito bem, obrigada,

    vem o tal estado e nos faz ficar pensando...

    alguns dizem que é porque sentimos falta de "casa" (lê-se como casa o lugar de onde viemos enquanto energias)

    outros dizem que é nossa certeza inconsciente de que vamos ser findos, um dia,

    ainda há os que dizem que é uma reação do próprio organismo para nos manter em estado de evolução, nos forçando a questionar nossas reais condições e nos por em mudança, em movimento.

    eu não sei o que seja,

    só sei que quando vem, vem sempre a noite e não nos avisa com antecedência.

    quanto ao post em si, achei interessantíssimo que você tenha tocado no assunto logo depois de ter feito um post alto astral, fez um "avesso" bem legal! é ótimo que lembremos o quanto podemos ser humanos, o quanto não precisamos ser “odara” o tempo todo, que podemos nos sentir a “meia boca” vez por outra e que tal emoção não nos desqualifica perante nossas certezas (e incertezas) na mágica de prosseguir com nossas vidas.

    bem, vou ler os outros.

    um beijo.

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  17. Betina
    Um papinho mais..., extenso. Aprecio, pois também ganho com isso.
    Quando vi que vc tinha 'realmente' respondido ao post com tantas palavras, corri e o li de novo. Para vc tão generosamente comentar, eu teria que ter consciência do que escrevi, para falar com vc à sua altura.
    Às 11:38 da manhã, vc estava escrevendo para mim (que delícia: 'escrevendo para mim').
    Eu, tava arrumando minha casa.
    Vamos lá.

    Dalai Lama tem razão, em parte. Acho que todos nascemos com essa capacidade, só que muitos(as) ficam embotadas dando vazão à sentimentos digamos..., negativos, ou, improdutivos. Essas perdem a capacidade (o interesse, porque não?), de se colocar num estado de felicidade.

    Acho que esse estado de inquietude é inerente à matéria (finita), de que somos feitos. Isso pode incomodar.
    Independente de nos projetarmos p/ o futuro (ou para o passado), nossa vida, nosso perceber, está bem aqui: no agora, no presente.
    Percebemos o infinito em nós, mas vivemos o finito. Essa discrepância a gente não engole.

    Olhamos de soslaio..., é por esse caminho intuído que a alma quer se jogar, louca, brilhantemente feliz, completando o ciclo material duma tacada só. Se fizéssemos isso, retornaríamos à Deus em vida, resplandeceríamos como uma estrela nova, reencontraríamos o Deus (máiúscula mesmo), que somos.
    Mas, como disse, nada fazemos de tão drástico, embora nossa alma anseie por isso em algumas ocasiões.
    Ficamos aqui, parados no tempo que nos foi criado; mágico é verdade, mas tempo.
    Fiz uma pequena digressão particular.
    Voltemos ao assunto.
    Esse ôco, então, está sempre presente, e estará. Até o fim. Claro, damos saltos!, mas gradativos.

    Legal esse negócio de ser uma reação do próprio corpo, algo que o faz se movimentar, como um 'reflexo' natural (meio de defesa né?).

    De vez em quando algo acontece em que vc se coloca perante vc; tipo assim: com algum assunto não resolvido (pode ser psicológico, emocional), aí, confrontando-se com o fato, vc tem uma reação que não a faz sentir-se bem. Foi o que aconteceu comigo.
    Desta vez, essa sensação não veio expontâneamente, do 'nada'.

    Esse 'ôco" que comentou tem raízes mais profundas (mergulhadas no maya?).

    Tem razão querida, nada nos desqualifica!
    Principalmente na mágica, de prosseguir nossas vidas!

    Brigado.
    Abraço.
    Apertado.

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  18. sylvio,

    entre outras coisas tão bem ditas no seu atencioso diálogo:

    "Olhamos de soslaio..., é por esse caminho intuído que a alma quer se jogar, louca, brilhantemente feliz, completando o ciclo material duma tacada só. Se fizéssemos isso, retornaríamos à Deus em vida, resplandeceríamos como uma estrela nova, reencontraríamos o Deus (máiúscula mesmo), que somos.
    Mas, como disse, nada fazemos de tão drástico, embora nossa alma anseie por isso em algumas ocasiões.
    Ficamos aqui, parados no tempo que nos foi criado; mágico é verdade, mas tempo."



    vou guardar esta passagem. o seu entendimento me emocionou!

    muito obrigada pela resposta.

    também abraço
    e também apertado!

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