terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Fazendo Papel De Gente

         Tem horas que fazemos (eu faço) o papel de ‘moleque’, infantilmente. Nos firmamos em situações não tão..., firmes. Não tão claras. Digo isso por ter mencionado, num blog, estar morando com  minha ex, que tem um namorado, e por aí vai. Um tipo de relacionamento que já vimos em filmes franceses e americanos, mas que nem todos vivemos. Estou neste momento tendo essa experiência, ela está me mostrando que adquiri (aos trancos e barrancos), uma certa maturidade.
         O texto abaixo é uma maneira de colocar-me perante o povo e a pova que considero. Não é uma justificativa, pois como reza um provérbio árabe nunca se justifique: os inimigos não acreditarão, e para os amigos não é necessário.

         Cheguei à conclusão que nossas vidas são visivelmente compreendidas como uma operação matematicamente simples; mas talvez através de uma equação que ocupasse ‘n’ lousas (por isso talvez o ‘cousas e lousas’...), ela fosse melhor visualizada.
         Minha vida, por exemplo, é simplérrima! Mas vista por determinados ângulos pode parecer meio..., fora de padrão.
         ‘Coisas simples não costumam estar fora de padrões’, diria o mestre. Mas mestre, diria eu, existem também ‘n’ padrões, um para cada pessoa.
          Poderia fazer o jogo do contente, mas isso sim seria infantilidade, e não resolveria pirongas: não há como inserir esse valor (o jogo), na equação citada.
         Deixo estar, para que fique! Se não deixar, ficará do mesmo jeito, queira eu ou não; ou será que num estralar de dedos mudamos de casa, por exemplo?
         Mas, existem situações em que não me comporto deste jeito: aquelas que me dizem de maneira mais profunda. ‘Deixar estar’ não significa um fim, mas um meio de se colocar sem muito envolvimento numa situação que sabemos temporária, pra deixar espaço pra amadurecer sonhos e responsabilidades. Um dá vida ao outro.
         Quando estudo, não estou ‘deixando estar’, entende? Quando me envolvo com uma pessoa que respeito, também não ‘deixo estar pra ver como é que fica’. Meu infinito não permitiria, nem minhas necessidades ‘espirituais’ (entre aspas, desnecessáriamente).
         Algumas coisas que ocorrem agora em minha vida, passarão. Outras não.
         Na minha idade, ter um pingo de sabedoria é...,obrigatoriamente tudo. Através deste ‘pingo’ que consigo equacionar, e perceber a relatividade das coisas, do meu presente.
         Festas como o Natal entram neste ‘pacote’ (relativizo também). Pessoas não.
         Não desvalorizo nenhuma. Relativizo situações, não pessoas. Elas são o que são. Pensam e sentem o que lhes cabe no presente momento.
         Se alguma ‘não encaixar’, procurarei quem ‘encaixe’, quem tenha o valor necessário para entender a complexidade de uma equação, e a simplicidade de uma conta de somar.

         Independente de gostar ou não, aceitar ou não, participar ou não, desejo a todos que me lêem um putz Natal, bem legal!
         Mais do que nunca uma união espiritual vindo do Altíssimo, e partindo do fundo do nosso coração, é necessária. Que nos envolvam essas amorosas, e vitais energias. A todos nós.

12 comentários:

  1. Interessante seu texto! Material pra ser analisado...

    Beijocas

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  2. Quando olhamos os processos que ocorrem, que dão corpo ao nosso viver, e escrevemos sobre isso, será sempre interessante de se ler.
    Na verdade é um material que, para ser entendido, não requer prática nem habilidade! :P

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  3. Sem dúvida! Eu entendi bem seu texto! Não tenho muito o que acrescentar, só pensar mesmo a respeito... eheh

    Quanto a minha amiga, ela é um presente, não necessariamente de Natal, que veio em 2005... rs

    Beijocas

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  4. Lembrei de "...deixa estar que o que for pra ser vigora..."

    Eu compreendo. E também entendo que cada um sabe de si, de seus sentimentos e relações. Julgar não cabe a ninguém que não esteja diretamente envolvido, pois cada um é que sabe o peso que sua alma contém.

    Um beijo grande, e obrigada pelo carinho.

    ;)

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  5. Talvez o que leu no blog tenha lhe impulsionado a falar sobre sua "relação" com a ex. O post te levou a abrir o bico. E se auto afirmar é tão normal, Sylvio. Faço isso regularmente pra saúde do meu espírito e ego.
    Pode até parecer incomum esta relação que mantém, mas não é motivo pra ninguém se escandalizar.

    Por muitas vezes joguei também o jogo do contente, acho até que sou parente carnal da Poliana. rs

    Natal ótimo pra você e sua "família" moderninha.
    Beijo!

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  6. uai Dama, independente da época, e do ano, ela é um 'Presente de Natal"! Ou não é??? Peço desculpas, misquici de colocar as devidas aspas... :)
    Bjs minha querida.

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  7. Miss, todos sabemos disso. Mas escrever não ofende, né?! Pelo contrário: como disse uma amiga nossas idéias 'se colocam' numa perspectiva mais..., bem focada.
    Outro beijo pra tu. Meu carinho é seu.

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  8. Não Diquinha, não foi isso. O gatilho foi outro. O interessante é que nós, que escrevemos, apreciamos imensamente um texto, mas difícilmente o tomamos como 'rumo', ou impulsão para algo. A 'impulsão' foi dada por algo que escrevi, e não que eu li.
    O que 'fazemos' é o que nos impulsiona, normalmente.
    Mas, cê tá certa: leio algumas coisas que me impulsionam também! Mas, não foi o caso.
    Brigadu querida, pra você e sua família tumém!

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  9. " 'Deixar estar’ não significa um fim, mas um meio de se colocar sem muito envolvimento numa situação que sabemos temporária, pra deixar espaço pra amadurecer sonhos e responsabilidades." Em tantas leituras e escritas, nunca vi uma definição perfeita para o "deixar estar". :)
    Deixar estar, pelo menos para mim, é uma boa solução para não me envolver com o que quer que seja. Porém, apanho quase sempre com desilusões, quer me envolva ou não...

    Bjs.

    Se não nos reencontrarmos antes das festividades propícias desta época, desejo um Feliz Natal.

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  10. Débora.
    Estava pensando nisso agora! Se não apanhamos, rolam outras coisas: não escapamos de uma íntima insatifação..., por exemplo.

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  11. Sylvio, meu bom amigo.
    Estou em falta e vou-te dizer porquê.
    Há uma tendência para quando se chega a um novo blogue subestimar, postagens mais antigas. Eu tento quando visito alguém, vir com tempo para apreciar um todo, pois não se devem fazer juízos partindo de premissas retiradas duma pequena parte dos conteúdos postados.

    Daí, ao cá voltar, fui surpreendido pela positiva por mais este artigo maravilhosamente explanado, sobre temas e fases da vida em que nos encontramos em situações pouco comuns e nem para toda a gente fáceis de entender.
    Tive aqui neste post ontem e tinha de cá voltar para te dizer que é humanamente impossível ser-se mais sincero e genuíno e altamente bem formado para lidar com questões tão delicadas.
    Hoje conheço-te melhor e se ontem sentia tocar-me pela tua amizade e uma boa disposição a toda a prova, agora sinto que cresceu a minha admiração por ti baseada em alicerces muito fortes e dignos.
    Bem hajas e recebe aquele forte kandando amigo que atravessa tanto mar até ti.

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